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Cannabis tem sido usada para tratar transtornos mentais nos EUA, mesmo com pouquíssimas evidências sobre benefício

Há poucas evidências para respaldar o uso de canabinoides para o tratamento de transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e psicose, sugerem os resultados de uma nova revisão sistemática e metanálise. 

“Os pacientes interessados em usar canabinoides para tratar transtornos mentais devem entender 

que há poucas evidências e, se escolherem esta intervenção, é necessário que haja um acompanhamento para verificar se está ajudando e não prejudicando”, afirmou ao Medscape a primeira pesquisadora, Dra. Louisa Degenhardt, Ph.D., do National Drug and Alcohol Research Centre, University of New South Wales, na Austrália.

Uma grande quantidade de evidências mostra que o consumo de Cannabis pode agravar a depressão, a ansiedade e os sintomas de psicose, e pode causar dependência, observou ela.

“Sob vários aspectos, sabemos mais sobre os riscos em longo prazo do consumo corrente de Cannabis do que sobre os benefícios para pessoas com transtornos mentais”, disse a Dra. Louisa. Enquanto isso, ela acrescentou, a tendência de legalização da Cannabis a tornou amplamente disponível em escala global.

O estudo foi publicado on-line em 28 de outubro no periódico Lancet Psychiatry.

"Ausência notável de evidências"

Os pesquisadores apontam “uma ausência notável de evidências de alta qualidade em que os transtornos mentais sejam o objetivo principal do tratamento com canabinoides”.

Especificamente, eles mencionam, “tem sido sugerido que os canabinoides de uso medicinal, como Cannabis medicinal, canabinoide de uso farmacêutico e seus derivados sintéticos, como tetraidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), têm um papel terapêutico em certos transtornos mentais”.

No entanto, justapostos às poucas evidências, os autores observam que “os países estão cada vez mais permitindo que os canabinoides para uso medicinal sejam disponibilizados, inclusive para o tratamento de transtornos mentais”.

Para esclarecer melhor, os pesquisadores conduziram o que descreveram como “a mais abrangente revisão sistemática e metanálise examinando as evidências disponíveis sobre os canabinoides medicinais para o tratamento de transtornos e sintomas mentais”.

Os pesquisadores realizaram uma extensa pesquisa bibliográfica de estudos publicados entre janeiro de 1980 e abril de 2018 sobre qualquer tipo e formulação de canabinoide medicinal, como THC, CBD ou uma combinação de ambos, em várias doenças psiquiátricas. A análise contou com 40 ensaios clínicos randomizados e mais de 3.000 adultos.

Fonte: medscape

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