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IMC elevado pode estar associado a melhor resposta à imunoterapia

Estar acima do peso ou obeso é um evidente fator de risco para muitos tipos de câncer, mas novas pesquisas sugerem que alguns pacientes com sobrepeso ou obesidade que têm câncer vivem mais tempo após o tratamento com um inibidor de ponto de controle (checkpoint) imunológico em comparação com aqueles com peso normal. O achado é proveniente de uma análise agrupada de quatro ensaios clínicos que contou com mais de 2.000 pacientes.

"Estudos anteriores exploraram um conceito chamado 'paradoxo da obesidade', no qual a obesidade está associada a um aumento do risco de certos tipos de câncer e, por outro lado, pode proteger e proporcionar maiores benefícios de sobrevida em certos indivíduos", disse em um comunicado o líder do estudo, Dr. Ganessan Kichenadasse, médico, Flinders Center for Innovation in Cancer, na Austrália.

"Nosso estudo fornece novas evidências para embasar a hipótese de que um índice de massa corporal (IMC) elevado pode estar associado a uma melhor resposta à imunoterapia", acrescentou ele.

O estudo foi publicado on-line em 26 de dezembro no periódico JAMA Oncology.

A análise agrupada dos quatro ensaios clínicos incluiu 2.261 pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) que receberam imunoterapia com o inibidor do ligante de morte celular programada 1 (PD-L1, sigla do inglês, programmed cell death ligand 1) atezolizumabe ou quimioterapia com docetaxel. Os dados estavam disponíveis para 2.110 dos 2.261 pacientes.

Aproximadamente metade da coorte tinha peso normal, 34% apresentava sobrepeso e 7%, obesidade.

"A sobrevida global (SG) diferiu significativamente entre os pacientes com peso normal, sobrepeso e obesidade tratados com atezolizumabe", relataram os pesquisadores.

Em comparação com pacientes com um IMC normal (de 18,5 kg/m² a 24,9 kg/m²), a SG foi 19% maior entre os pacientes com sobrepeso (IMC de 25,0 kg/m² a 29,9 kg/m²) e 36% maior entre os obesos (IMC ≥ 30 kg/m²).

"A associação entre os grupos de IMC e a SG foi consistente para homens e mulheres, mas foi significativamente diferente entre os pacientes com tumor PD-L1 positivo e negativo", observaram os autores.

Entre os pacientes com tumor positivo, por exemplo, a taxa de SG foi 27% maior para os pacientes com sobrepeso e 52% maior para os obesos em comparação com os pacientes com peso normal, observaram os pesquisadores.

E, entre os pacientes com tumor apresentando níveis mais altos de expressão de PD-L1 (≥ 50% de células tumorais ou ≥ 10% de células imunológicas infiltrando no tumor), a SG foi 31% maior para os pacientes com sobrepeso e 64% maior para os obesos em comparação com os pacientes com peso normal.

Fonte: medscape

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