top of page
melanoma.jpg

Mudança "realmente incrível" no prognóstico do melanoma

Em 2005, quando o Dr. Philip Friedlander, Ph.D., terminou seu fellowship em medicina, os primeiros ensaios clínicos com inibidores de checkpoint imunológico ainda eram incipientes, e ele estava muito interessado em imunoterapia.

"Eu estava em uma sala com alguns colegas e comentei que pretendia focar em melanoma", disse o Dr. Philip.

"Então um dos meus amigos disse algo como: 'Ah, então você vai fazer cuidados paliativos', o que, naquela época, era uma avaliação bastante precisa", comentou.

Hoje em dia, o Dr. Phillip é diretor do Melanoma Medical Oncology Program do The Tisch Cancer Institute no Mount Sinai, nos Estados Unidos, e o prognóstico dos pacientes com melanoma avançado melhorou tanto nas duas últimas décadas que o tratamento deste tipo de câncer pode ser considerado um dos maiores exemplos de sucesso da medicina.

No passado, o diagnóstico de melanoma metastático era praticamente uma sentença de morte, com uma média de sobrevida de menos de um ano. Agora, os pacientes vivem por anos, alguns por mais de 10 anos.

Os médicos têm falado sobre "cura funcional" com os pacientes que respondem à terapia.

Uma clara mudança é que as "nossas clínicas ficaram muito cheias", disse o Dr. Paul B. Chapman, oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos EUA, que atende pacientes com melanoma desde 1980.

"Nossos pacientes estão vivendo mais, e agora os acompanhamos durante anos, algo que não acontecia antes", disse ele.

As mudanças vieram após uma combinação de fatores. "Um deles foi a evolução do conhecimento sobre o sistema imunológico e a biologia molecular do melanoma, e também sobre o perfil mutacional", explicou o Dr. Philip.

"O segundo foi a indústria ter adquirido capacidade de produzir medicamentos que têm como alvo componentes do sistema imunológico e proteínas com mutações".

Isso abriu uma série de possibilidades terapêuticas para o melanoma, como a imunoterapia com inibidores de checkpoint como ipilimumabe, nivolumabe, pembrolizumabe, entre outras, além das terapias direcionadas para as mutações BRAF e MEK, como o vemurafenibe, dabrafenibe e muitas outras.

O surgimento dessas novas terapias levou a alguns avanços "incríveis" no campo do melanoma nos últimos 15 anos, disse o Dr. Jeffrey M. Farma, médico e um dos diretores do Melanoma and Skin Cancer Program no Fox Chase Cancer Center, nos EUA.

"Historicamente, nós jamais consideramos que pacientes com melanoma avançado estivessem de fato curados. Mas estamos vendo pacientes com doença metastática que tiveram respostas excepcionais, e que estão há mais de cinco anos sem evidência de doença", continuou ele.

Fonte: medscape

Acesse nossos serviços

bottom of page